quinta-feira, 4 de junho de 2009

Qual a diferença entre memória RAM estática e dinâmica?

Uma delas é a que mais conhecemos, os famosos pentes que instalamos no computador. A outra, menos conhecida, está presente nos processadores.

Embora muita gente desconheça, existem dois tipos de memória distintos atuando em nosso computador ao ligá-lo. A memória RAM que estamos mais familiarizados, que compramos e inserimos no computador, é intitulada de dinâmica, enquanto aquela que existe no cache de processadores, por exemplo, é a estática.

Há muitas diferenças entre esses dois tipos de memória, o que vamos abordar em linguagem simples nos parágrafos abaixo. Confira, ainda, a verdadeira importância das memórias no desempenho dos computadores.

MEMÓRIAS

RAM dinâmica

Falar deste tipo de memória é mais simples, visto que muita gente que se interessa por itens de hardware já entende o seu funcionamento. Basicamente, ela é composta pelo que chamamos de célula de memória, a combinação de um transistor e um capacitor.

No funcionamento da gravação de dados na memória, o transistor é como uma chave, que indica o valor 1 ou 0 para aquela célula (Para entender melhor como funciona o processo binário, idealizado por George Boole, confira um de nossos artigos explicando como o computador interpreta as informações).

Assim, o capacitor mantém essa informação ativa, impedindo que ela se perca rapidamente. No entanto, é necessário que a informação seja atualizada constantemente, algo realizado milhares de vezes por segundo. Este processo demanda algum tempo, embora pequeno, e capacidade de processamento, o que não ocorre ao fazer uso da memória estática.

RAM estática

Este modelo de memória é menos conhecido pelos usuários, e envolve, basicamente, a memória que vem instalada em componentes do computador, principalmente nos processadores. Nela, não há o modo de gravação por transistores e capacitores, mas sim por um formato chamado de flip-flop.

Este dispositivo possui basicamente dois estados de saída. Para o flip-flop assumir um destes estados é necessário que haja uma combinação das variáveis e do pulso de controle (Clock). Após este pulso, o flip-flop permanecerá assim até a chegada de um novo pulso de clock e, então, de acordo com as variáveis de entrada, mudará ou não de estado.

Por este motivo, ele não precisa ser constantemente atualizado, e apresenta respostas bem mais rápidas do que encontramos nas memórias dinâmicas. Para os processadores, tais características são essenciais, fazendo com que ambos trabalhem de forma bem mais rápida do que se ele acessasse somente a memória dinâmica do computador.

Mas então, por que a memória dinâmica não é extinta?

A principal vantagem da memória estática, como citado anteriormente, é a baixíssima latência em sua utilização, o que a tornaria bem mais vantajosa neste ponto de vista. No entanto, o espaço físico necessário para inserir os flip-flops é centenas de vezes maior do que o utilizado em uma célula de memória.

Por este motivo, temos pentes de 2GB de memória em poucos centímetros de espaço, o que seria fisicamente impossível se fosse realizado como nas memórias estáticas. Além disso, estas consomem bem mais energia que as dinâmicas, outro ponto negativo a ser apontado.

A importância das memórias em um computador

Em uma explicação bem simplificada, podemos dizer que o nossos sistema operacional e seus processos, além dos programas que utilizamos, precisam ser processados e mantidos durante o seu funcionamento.

O computador então pega os dados fixos no disco rígido, processa os aplicativos e mantém tudo em funcionamento através da memória, que vai sendo constantemente atualizada de acordo com o que acontece na máquina. Quando você fecha os programas, as informações são apagadas dela, liberando mais espaço para novas aplicações. Neste link, você pode encontrar diversos artigos relacionados ao tema.

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